quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"Ouça minha voz ficcional!"


Idealismos falsos, tudo como forma de proteger-se da natureza mundana de destruição mútua: tudo é feito para ser destruído ou para destruir, para proteger nunca.
A única proteção disponível é a mentira, mentir para si mesmo, contar mentiras tão convincentes que criam uma realidade, paralela a que se vive, uma realidade onde somos poderosos, nunca é o mundo que está menos agressivo, e sim os habitantes que são inferiores a nossos "alter egos" superdesenvolvidos.
Tudo que queremos é igualdade entre todos passando por cima dos mais fracos.


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Eis uma visão meio cruel sobre esquizofrenia e caridade.................flw

John

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


O que é esta angústia que eu sinto?
Eu não minto
Tudo parece giar
Nada está aqui
Ao mesmo tempo que tudo que aqui está

[Nada]

Está fora do lugar
E nada tenho para confortar-me
Nem as rimas ricas
Nem as putas pobres

Nada
Nada
Nada

Sinto saudades de nada
Sinto falta de afeto
Sinto dor
Tenho sede, e tudo que digo
Sentido algum faz
E tudo que dizer não consigo
E o exato para se fazer a diferença

Mas agora qual a diferença em se dizer ou não?
Não sei se vou ser ouvido
Quem sabe alguém ouça,
Mas não vai ser da forma correta
Então não serei realmente ouvido,

Uma pessoa me escuta
As outras simplesmente ouvem
Elas ouvem um som dentre outros
Mas essa pessoa, ela me escuta
Ela me entende

E tudo o que eu posso fazer é ser eu mesmo
Tudo que eu preciso fazer é ser eu mesmo
Tudo que eu quero fazer é ser eu mesmo
Mas o que eu faço?

Me escondo dentro de todas as minha máscaras
Minhas máscaras de falsidade
De perversa maldade

E tudo que eu quero é acabar com isso tudo
E dizer o que é necessário ser dito

E nada que eu quero é acabar com esse nada
E não dizer o que é desnecessário ser dito

E tudo se resume ao que realmente seria isso tudo
O que eu tinha em mente quando comecei a escrever:
"O que é esta angústia que eu sinto?
Eu não minto"

A minha rima quase solitária
A pontada de afeto que eu queria ter comigo
A primeira pessoa sem conjugação que está fazendo falta
Esse pronome que como pretexto

Foi introduzido no meu contexto
Não como aposto ou vocativo
Mas como sujeito

De forma nominal
Indireta
Mas que diretamente eu quero...
Eu quero...

Não, eu não consigo terminar essa frase
Não da forma correta
Não com ponto final
Preciso de uma vírgula

E o predicado

...
Essa pessoa
Ela que me entende
Espero que entenda

Não
Ela já entendeu
Mas espero que ela compreenda
O que acontece

Por isso
Adeus
Mas não me vou
Não ainda

Ainda há muita luta a correr
Muito jogo a se jogar
E eu tenho que a frase terminar

[vírgula] Predicado
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É exatamente isso que eu quero dizer........flw

John